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Como escolher melhor nossas parcerias?

É muito comum ouvirmos as pessoas falarem em seleção de pessoal. Isso pode parecer  distante para a maioria das pessoas, pois é um trabalho que os psicólogos fazem para as empresas. Aparentemente o ato de selecionar não tem nenhuma relação com a nossa vida diária. A não ser pela raiva ou injustiça que possamos sentir daquela psicóloga que nos reprovou no teste...

Será mesmo que o ato de selecionar não nos diz respeito? Será que usar esta ferramenta pode lhe ser útil para uma vida mais feliz e menos frustrante?

Costumo dizer que o “psicólogo” ou qualquer profissional que esteja fazendo a seleção é seu amigo quando lhe reprova para uma vaga. Ele viu que seu perfil não era adequado para o cargo. Já pensou em ser contratado para trabalhar em algo de que não gosta? Estar rodeado de pessoas com valores diferentes dos seus? Não sabe ou não lhe interessa saber? Ou ainda, precisa fazer escolhas e tomar decisões que não estão de acordo com sua ética? Então, seja grato!

Mas não foi por isso que decidi escrever esse texto. Tenho percebido cada vez mais como as pessoas escolhem suas parceirias, fornecedores e até, por que não dizer, amigos inadequados, sem considerar suas necessidades naquele momento. E pensei que poderia compartilhar com mais pessoas o pouco que sei a respeito e, assim, ajudá-las a fazer melhores seleções. Talvez isso reduza algumas frustrações e mesmo o número de insatisfações nas parcerias estabelecidas.

Sim, você faz várias seleções de pessoal ao longo do seu dia, no mínimo ao longo do seu mês... Porém, talvez não se dê conta disso. Como toda boa seleção, o primeiro passo é você ter muito claro o que você precisa ou o que espera daquela relação. Por exemplo: quer uma amigo para ir na balada, ou para estudar? Busca um companheiro que goste de ir para praia, ou que prefira passear no shopping? Quer alguém desencanado e que lhe dê espaço, ou uma pessoa que curta estar junto a maior parte do tempo? Um sócio que lhe dê liberdade de ação ou que divida toda a parte operacional com você?

E antes de pensarmos de ir adiante, convido você a pensar sobre si mesmo. Sim! Como você é? Que tipo de pessoas gosta de ter por perto? Que tipo de pessoa não gosta? O que mais lhe irrita numa relação pessoal ou profissional? Quanto paciente e tolerante você é? Quanto exigente você é? Qual é o seu humor? Qual tipo de humor não lhe agrada? O que é imperdoável, na sua opinião? O que é perdoável? O que lhe passa confiança? Quanto a confiança é importante para você? Você prefere definir tudo, ou lhe agrada alguém de lhe diga como fazer?

Respondeu a maioria das questões? O que descobriu? Qual o jeito que combina com você?

Agora que começa a ter mais claro suas preferências sobre o que é importante para você, é possível refletir sobre sua relação com as outras pessoas e que perfil de pessoa mais lhe agrada.

Sim, eu falei perfil. É a descrição de características de uma pessoa ou, no casod das empresas de uma função. Algo que descreva a forma de ser, de se comportar, de fazer determinada atividade.

Vamos olhar alguns exemplos: se você está buscando um prestador de serviços, saiba qual sua real necessidade. Considerando o seu estilo e preferências a partir das questões acima, defina o que você espera que este profissional lhe ofereça. Quais os problemas que você tem e que precisam ser sanados? Quais os problemas que você não quer ter e este profissional poderá ajudar a evitar? Em quanto tempo você quer que seja feito o trabalho? O que acontecerá se não for no prazo estabelecido? O que você não gostaria que acontecesse? Quanto sigiloso é este trabalho que você precisa? Qual o risco do trabalho? Quanto você está disposto a pagar? Pode ser caro, desde que seja de qualidade? Você abre mão da qualidade e do tempo para ter um bom desconto?

Imaginemos que seja um sócio que você precisa. Quer alguém com quem dividir as despesas, mas prefere tomar as decisões e fazer a operacionalização dos negócios. Como este sócio seria? Sabe o que não gostaria que ele fizesse? Ou o que precisa que ele faça? Quanto está disposto a dividir de resultados financeiros? E de responsabilidades? Do que não quer ou mesmo não pode abrir mão? Das questões anteriores, quais se aplicariam a esta relação?

Ou no caso de você estar procurando um parceiro para jogar tennis. Quais características você diria que seu parceiro ou parceira precisa ter para jogar com você e ter uma relação próspera? Além de saber as regras do jogo, precisa ser comprometido? Pode cancelar em cima da hora? Precisa ter bom humor ou ser disciplinado e atento? Ter espírito competitivo ou cooperativo?

Questões como essas são importantes, pois nos fazem refletir sobre o que buscamos. E isso vale para todas as seleções que você fizer em sua vida, tanto no nível pessoal como profissional. Vale também para selecionar cursos e empresas onde irá trabalhar.

Conhecer nossas próprias características, necessidades e expectativas aumenta, e muito, as possibilidades de fazermos escolhas acertadas e construirmos relações duradouras e produtivas. Pense nisso e invista nesta ideia!

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Gladys Milenna Prado

Psicóloga e coach

Gladys Milenna Prado

Psicóloga, Coach e Consultora em Gestão de Pessoas
Mestranda em Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

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